"Ah, ele vai entender"...

"Ela sabe o que eu estou falando/pedindo"...

Será que você já falou ou ouviu alguma dessas frases? E, na verdade, "ele" e "ela" não tinham ideia do que precisa ser feito. Sem rumo, um navio não sai da marina. Sem as informações corretas, não existem atividades corretas.

Sem objetivos, não existem conquistas.

Certa vez, fui abordada no corredor sobre uma apresentação em power point com informações básicas sobre uma área da empresa, informações que todos devem saber ao entrar em contato com a empresa. Mas o tcham da questão era: essa apresentação teria que ser em inglês.

Para ser sincera, não a tínhamos nem em português. Era responsabilidade nossa, da área de Comunicação, ou da área da empresa que obtinha essas informações? Não sei, não era hora de procurar culpados.

De um segundo para o outro, todos se envolveram. Todos os coordenadores dessa área em questão, nossa área... Claro, porque era prioridade.

Quando, enfim, após certa inflamação e longas 3 horas em torno do tema, a apresentação chegou para nós crua: para traduzir e colocar no layout. Certo, já era tarde, precisaríamos trabalhar extra pela noite. Tudo bem, mas uma simples pergunta foi feita: "Qual é o prazo?"

Todos os envolvidos não sabiam. Foram checar essa informação e o prazo era para daqui 3 dias, com tempo de sobra para fazer um material com a melhor qualidade de informações possível, sem urgência, sem desespero.

Parece óbvio, mas quantas vezes você teve retrabalho ou foi mal avaliado por não fazer o que o outro esperava que fosse feito, mas você tinha dado o seu melhor para fazer o que você entendeu que foi solicitado.

Saber se expressar é difícil e muitos não se empenham. Não espere que o seu time entenda o que você quer deles, ao invés disso, diga, com todas as palavras, desenhos e exemplos se for preciso. Isso porquê, a informação deixa de ser eficaz quando não há um acompanhamento (ou follow-up, para quem gosta da inglesificação do nosso vocabulário) da ação.

Isso porque quando não temos as informações corretas ficamos presos dentro de uma caixa, um quadrado limitado de ações, sem espaço para criatividade e inovação. Imaginou que terrível?

Do nosso ótimo jornalismo, sempre tenha em mente: responder as simples perguntas "Quem fará o que, quando, onde e por que", e situações como esta acima serão cada vez mais raras.