Desde que entrei no universo da Comunicação Corporativa, a Comunicação Interna teve um espaço especial na minha rotina. Lidamos com PESSOAS, com valores, sentimentos, com um(a) Colaborador(a) que tem nome e CPF, problemas pessoais e etc. Por isso, as ações de Comunicação Interna devem ser personalizadas e, principalmente, devem compartilhar conhecimento.
O público das ações internas deve sair diferente, transformado, com as informações recebidas. Nossa atividade é baseada na sensibilidade com os temas sociais que envolvem o nosso Colaborador e coragem para falar o que ninguém fala, sair dessa zona de conforto e acolher.
Nesses casos, sair fora da caixa nunca foi tão necessário.
Quando bem planejada, uma simples campanha de Outubro Rosa pode mudar a vida da sua Colaboradora ou Colaborador. Apesar da correria do departamento de Comunicação e RH, devemos pensar "Quem é a nossa Colaboradora mulher?".
Vou contar um case que aconteceu comigo.
Ao explorar as reflexões para responder essa pergunta, entendi que, no caso onde trabalhava, a Colaboradora mulher era aquela que faz jornada dupla como profissional e mãe, é a mulher que, tendo um nível de escolaridade ou não, não fala sobre a sua intimidade, é a mulher que é forte e se mostra forte, sem tempo para gripe. Nem a cólica consegue parar ela.
Promovemos uma palestra sobre o Câncer de Mama e, além desse tema, falamos sobre a SAÚDE DA MULHER em geral, que muito cuida dos outros e, às vezes, deixa de cuidar de si. Essa era a nossa realidade e a campanha foi voltada para ela.

Aqui fica uma dica: Unir o típico (básico) com o extraordinário.
Além da palestra, que era o básico da ação, fizemos uma campanha de engajamento para gerar discussão sobre o tema. As mulheres poderiam enviar um depoimento sobre a sua experiência pessoal com o câncer de mama, ou até mesmo compartilhar uma mensagem de conscientização para as colegas.
O desafio era: fale sobre o tema do Outubro Rosa para uma amiga mulher, transforme a vida de outra pessoa!
Percebemos que a mulher não fala sobre a sua intimidade, sobre seus medos, sobre suas dúvidas. A mulher remarca seus exames e cancela seus médicos para ajudar outra pessoa, mas quando se trata sobre ela mesma...
E o mais interessante é que chegou um depoimento de um homem! Sim, homens também fazem parte das estatísticas, cerca de 1 a cada 100 mulheres diagnosticadas com a doença. Esse testemunho nos fortaleceu para falar desse tabu entre os homens.
Fora a ação intensa de informações com os diversos formatos em todos os canais de comunicação da empresa, nós realizamos a distribuição de uma trufa que tinha o seu custo revertido em doação para um hospital de câncer da região. Nossas colaboradoras sabiam disso.
Percebeu que a campanha foi "palpável"? As informações era concretas, a mulher se via dentro delas, pois foi personalizada especialmente para ela.
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Devo dar uma recompensa/prêmio pela participação na campanha interna?
Como todo engajamento, muitas vezes é necessário investir $, mas por experiência própria, não é necessário gastar muito para uma boa ação. Nesse dia do case do Outubro Rosa, entregamos uma camisa da Rede do Câncer, parceira de Responsabilidade Social da empresa. Porém, outras ações grandes como Dia das Mães, a "recompensa" era sair na TV Corporativa com uma foto com sua mãe ou seu filho(a) e foi um sucesso!
Lembre-se, apesar de não resultar em dados concretos (como as áreas que lidam com estatísticas e números), a mudança é REAL. Mudança de hábitos pessoais e mudança no sentimento de pertencimento à empresa, já que a comunicação interna acolhe e mostra que a empresa não quer apenas lucrar, ela quer o bem-estar e saúde de todos.